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MINAS DE IPANEMA E FELICÍSSIMO - PLANO DE FECHAMENTO
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Outra parte significativa das áreas afetadas pelo decapeamento encontra-se coberta
por vegetação pioneira, fitofisionomia herbáceo-arbustiva relativamente diversa,
composta tanto por gramíneas quanto por espécies ruderais de folha larga, como
leguminosas herbáceas (
Crotalaria
spp,
Desmodium
spp), asteráceas (
Baccharis
spp,
Eupatorium
spp,
Erechtites
spp), solanáceas (
Cetrum
spp,
Solanum
spp), entre muitas
outras.
À medida que as espécies arbustivas começam a dominar e promover algum
sombreamento ao substrato, a situação torna-se mais favorável à colonização por
espécies arbóreas pioneiras, que ocorrem em meio a vegetação arbustiva dominante.
O predomínio de espécies arbóreas de caráter pioneiro, como tamanqueira (
Aegiphilla
sellowiana
), embaúba (
Cecropia
spp), capixingui (
Croton floribundus
), capororoca
(
Rapanea
spp), aroeira (
Schinus terebinthifolius
), pau-cigarra (
Senna multijuga
),
manacá (
Tibouchina
spp), crindiúva (
Trema micrantha
), entre outras, assim como o
porte baixo (4-6 metros de altura), e o DAP pequeno, em torno de 10-20 cm, permitem
classificar estas matas como em estágio inicial de regeneração, segundo os
parâmetros definidos pela resolução CONAMA N.º 01/94.
Entre as estruturas especiais observadas na área amostrada, estão: monte de
pedras/areia; tufos arbustivos encapoeirados; trepadeiras em árvores, locas,
corredores marginais (nível capoeira), caracterizando uma baixa relevância
paisagística regional. Determinados processos erosivos isolados representam os
impactos ambientais ocorrentes na área de modo mais significativo. Algumas
estruturas artificiais foram descritas em decorrência da implantação do bota fora:
estradas de acesso, área compactada e desnuda, leiras internas / taludes.
Cenário contextual: A vegetação contextual é de mata secundária - nível capoeira,
com predominância de uma “gramínea encapoeirada”, a estrutura da área é de
árvores nativas espontâneas ou relictuais, com indivíduos jovens e adultos. Os
arbustos são predominantemente espontâneos e formando sub-bosques, com
presença de outras formas rasteiras herbáceas (capim sapê, meloso, samambaias). A
presença na área de mata, na área de influência da jazida Felicíssimo Sul, de
indivíduos arbóreos de maior porte, indica um testemunho da ocorrência de mata
naquele local antes dos últimos eventos de desmatamento, ocorrido provavelmente
nas décadas de 60 ou 70. Pode-se, então, diferenciar esta mancha de mata
circundante (em estagio inicial), e classificá-la como em estágio médio de
regeneração. O solo destas matas apresenta-se cobertos com uma camada contínua
de serrapilheira, com cerca de 5-10 cm de espessura e o sub-bosque conta com
grande quantidade de mudas e indivíduos jovens de espécie arbórea. Estas matas
apresentam continuidade com o grande remanescente florestal que cobre a Serra do
Araçoiaba, o que garante o fluxo de grãos de pólen e sementes, e o conseqüente
avanço do processo sucessional.
Potencial faunístico: Pequenos mamíferos, insetos, avifauna, possuindo uma
continuidade com a área de reflorestamento (pilha de estéril).
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