Page 13 ANÁLISE DE RELEVÂNCIA DO EMPREENDIMENTO
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BRANDT Meio Ambiente
No Brasil, a indústria incipiente de alumínio do início do século 20 dependia
totalmente de importação do metal. A primeira menção a ocorrência de
bauxita no país é de 1928, publicada nos Anais da Escola de Minas de Ouro
Preto. Entretanto a produção começou apenas nos anos 1940 em Minas Gerais
e, no caso do alumínio metálico, em São Paulo com implantação da fábrica da
CBA. A partir de 1983, o país passou de importador a exportador de alumínio
metálico e atualmente é um grande produtor de alumínio.
A queda acumulada de 20% entre 2014 e 2016, colocou os níveis de demanda
anterior a 2010. Os primeiros sinais de recuperação do setor apareceram em
2017, com crescimento no consumo doméstico de produtos transformados de
alumínio de 5,3%, o volume de 1269,4 mil toneladas ao final do ano e o
crescimento da produção de transformados de alumínio em 5,5%. No mesmo
período, a produção de alumínio primário foi de 801,7 mil toneladas, volume
1,5% superior ao registrado em 2016. Entretanto, houve necessidade de
complementar o suprimento com 683,0 mil toneladas de sucata recuperada e
importações de 302,4 mil toneladas de alumínio primário, para equilibrar a
oferta e demandas internas de alumínio (ABAL- Anuário 2017).
2.1.1 - Reservas e exploração de bauxita
O Brasil detém o 4º lugar mundial em reservas de bauxita com 2,6 bilhões de
toneladas, concentradas principalmente na região Amazônica, seguido pela
Jamaica com 2,0 bilhões e pela Indonésia com 1,0 bilhão de toneladas. As
reservas mundiais de bauxita somaram 28,1 bilhões de toneladas, as principais
reservas estão localizadas na Guiné e na Austrália, com 7,4 bilhões e 6,5
bilhões de toneladas, respectivamente.
O Estado do Pará detém quase 75% das reservas totais brasileiras, o Estado de
Minas Gerais participa com 16%, e o restante é distribuído por ordem de
importância nos Estados do Maranhão, Amapá, Santa Catarina, São Paulo, Rio
de Janeiro, Amazonas e Goiás.
As substâncias da classe dos metálicos representaram 77% do valor total da
produção mineral comercializada brasileira em 2016. Dentre elas, oito
apresentam maior destaque nacional e correspondem a 98,6% da produção
nacional: alumínio, cobre, estanho, ferro, manganês, nióbio, níquel e ouro. A
bauxita ocupa a quarta posição no valor da produção mineral comercializada
com 4,8% do total em 2016 (Anuário Mineral Brasileiro - 2017).
A bauxita ocupa a segunda posição com US$ 3.364.002.321 de FOB em valor
de exportações de substâncias metálicas no Brasil, atrás apenas do ferro, com
cerca de US$ 14.076.103.623 de FOB (DNPM - Sumário Mineral, 2016).
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