Page 20 MAPEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO
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MARKUS WEBER


— Mapeamento de Biótopos, metodologia que define polígonos homogêneos
que abrangem elementos funcionais do meio físico, biótico e antrópico,
gerando unidades homogêneas para caracterizar uma paisagem sob o
ponto de vista ecológico. Pode ser aplicado em áreas urbanas, rurais ou
áreas naturais. Essa metodologia, originária da Alemanha, é voltada não
somente para a caracterização ecológica da paisagem, mas também para
lastrear o planejamento espacial e territorial (BEDÊ et al., 1997).

Escolhemos, a partir daqui, o método de mapeamento de biótopos,
com a justificativa de que participamos na adequação desse método para o
Brasil e já o aplicamos em todos os biomas brasileiros, sobre mais de 600.000
hectares, ao longo de trinta anos. Como ele envolve parâmetros do meio
físico, biótico e antrópico, é possível estabelecer uma boa integração de
dados ambientais, avaliação de impactos e soluções para manejo futuro. Por
ser aplicável em meio urbano, rural ou natural, possui uma ampla gama de
aplicações úteis: base para Planos Diretores de Municípios, Planos de Manejo
de Unidades de Conservação, Estudos de Impacto Ambiental, definição de
áreas de compensação e licenciamento ambiental. Pelo que experimentamos,
é uma ferramenta com mil e uma utilidades, séria e confiável sob o ponto
de vista técnico. Além disso, possui total rastreabilidade (repetitividade)
geográfica, quando realizado com o devido cuidado.
É exatamente esse o objetivo deste livro, o de veicular a praticidade
de uma versão do mapeamento integrado de paisagens, que vem mostrando
resultados consistentes na análise ambiental de territórios, e a sua utilização
no planejamento socioambiental.



























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