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HOLDERCIM BRASIL S.A. - PEDRO LEOPOLDO - MG - HOL01001.DOC
CONCEPÇÃO DE USO FUTURO DA MINA FAZENDA CAMPINHO E ÁREAS PERIFÉRICAS
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Esse inventário, por sua vez, foi submetido a uma análise que incorporou valores e
critérios, pautados em uma argumentação técnica discursiva. Trata-se de um
procedimento essencialmente qualitativo, no sentido de não atribuir “pesos” para a
valoração das cavernas, já que esses procedimentos têm se mostrado uma ferramenta
limitada, uma vez que não substitui o valor dos
conjuntos
em sua integridade, e da
relação de importância que estabelecem entre si e com a paisagem superficial onde se
inserem.
Salienta-se que a valoração das cavernas não pode deixar de levar em conta o conjunto
de formas e processos superficiais que compõem o relevo cárstico, tendo em vista que
são parte integrante de um sistema físico, biológico e paisagístico mais abrangente.
Assim, as cavernas foram avaliadas diante de 5 fatores de valoração: científico,
ambiental, paisagístico, religioso e econômico, adaptados dos conceitos expressos na
Constituição para qualificação dos bens culturais do Estado. Esses fatores, por sua vez,
podem abranger três escalas de valores: local (o valor se limita a subsistemas da
paisagem -
localidades
- até a escala do município); regional (tem valor no espaço
natural e cultural que constitui a região cárstica de Lagoa Santa, que inclui vários
municípios) e nacional (o valor é de interesse do país).
Esse procedimento inicia-se, a rigor, com a hipótese de existirem sítios espeleológicos
relevantes, ou seja, aqueles que guardam testemunhos (bens) expressivos da produção
humana e da natureza, passíveis de serem considerados patrimônio espeleológico, e
sítios considerados sem relevância, representados por vazios restritos, remanescentes
após porções de rocha terem sido removidas por processos hidroquímicos (dissolução
diferencial) e por erosão através da circulação subterrânea.
2.3 - Espeleologia local
Na área de concessão da Holdercim, foram cadastradas 18 feições espeleológicas, as
quais foram divididas em quatro grupos: cavernas do setor sul, cavernas do paredão da
lagoa, cavernas do escarpamento nordeste da área de concessão e cavernas da mina.
O
primeiro grupo
é constituído por sete feições espeleológicas, localizado na porção
sul da área de concessão. Das sete cavernas inventariadas, duas não foram
identificadas na prospecção realizada (Sumidouro do Quebra-corpo e Lapinha da
Ciminas), no entanto, essas encontram-se listadas no inventário da SBE e foram
plotadas em mapa.
Das 5 cavernas visitadas, a gruta da Ciminas e o abrigo do Paiol são as de maior valor
local. A primeira é representada por três condutos elípticos, que se ramificam a partir do
salão principal (NW-SE), posicionado próximo à entrada (figura 2.2).
CONCEPÇÃO DE USO FUTURO DA MINA FAZENDA CAMPINHO E ÁREAS PERIFÉRICAS
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Esse inventário, por sua vez, foi submetido a uma análise que incorporou valores e
critérios, pautados em uma argumentação técnica discursiva. Trata-se de um
procedimento essencialmente qualitativo, no sentido de não atribuir “pesos” para a
valoração das cavernas, já que esses procedimentos têm se mostrado uma ferramenta
limitada, uma vez que não substitui o valor dos
conjuntos
em sua integridade, e da
relação de importância que estabelecem entre si e com a paisagem superficial onde se
inserem.
Salienta-se que a valoração das cavernas não pode deixar de levar em conta o conjunto
de formas e processos superficiais que compõem o relevo cárstico, tendo em vista que
são parte integrante de um sistema físico, biológico e paisagístico mais abrangente.
Assim, as cavernas foram avaliadas diante de 5 fatores de valoração: científico,
ambiental, paisagístico, religioso e econômico, adaptados dos conceitos expressos na
Constituição para qualificação dos bens culturais do Estado. Esses fatores, por sua vez,
podem abranger três escalas de valores: local (o valor se limita a subsistemas da
paisagem -
localidades
- até a escala do município); regional (tem valor no espaço
natural e cultural que constitui a região cárstica de Lagoa Santa, que inclui vários
municípios) e nacional (o valor é de interesse do país).
Esse procedimento inicia-se, a rigor, com a hipótese de existirem sítios espeleológicos
relevantes, ou seja, aqueles que guardam testemunhos (bens) expressivos da produção
humana e da natureza, passíveis de serem considerados patrimônio espeleológico, e
sítios considerados sem relevância, representados por vazios restritos, remanescentes
após porções de rocha terem sido removidas por processos hidroquímicos (dissolução
diferencial) e por erosão através da circulação subterrânea.
2.3 - Espeleologia local
Na área de concessão da Holdercim, foram cadastradas 18 feições espeleológicas, as
quais foram divididas em quatro grupos: cavernas do setor sul, cavernas do paredão da
lagoa, cavernas do escarpamento nordeste da área de concessão e cavernas da mina.
O
primeiro grupo
é constituído por sete feições espeleológicas, localizado na porção
sul da área de concessão. Das sete cavernas inventariadas, duas não foram
identificadas na prospecção realizada (Sumidouro do Quebra-corpo e Lapinha da
Ciminas), no entanto, essas encontram-se listadas no inventário da SBE e foram
plotadas em mapa.
Das 5 cavernas visitadas, a gruta da Ciminas e o abrigo do Paiol são as de maior valor
local. A primeira é representada por três condutos elípticos, que se ramificam a partir do
salão principal (NW-SE), posicionado próximo à entrada (figura 2.2).