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HOLDERCIM BRASIL S.A. - PEDRO LEOPOLDO - MG - HOL01001.DOC
CONCEPÇÃO DE USO FUTURO DA MINA FAZENDA CAMPINHO E ÁREAS PERIFÉRICAS
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O
terceiro grupo
é constituído por 5 cavernas (lapinha dos Ossos, abrigo do Horizonte,
grutinha da Borboleta, abrigo Estreito e grutinha do Marco). Na prospecção realizada,
não foram identificadas as duas últimas cavernas, que se encontram cadastradas no
inventário da SBE.
A lapinha dos Ossos é formada por um conduto único com mais de 20m de
profundidade, por 6m de altura e largura inferior a 2m. Destaca-se, nessa gruta, a
presença de depósitos terrígenos com muitos ossos, recobertos por capas
estalagmíticas, sinalizando uma ocorrência paleontológica potencial. Por outro lado,
essa pequena caverna funciona como um sumidouro temporário das águas que drenam
a dolina na qual se insere a feição espeleológica.
Já o abrigo do Horizonte e a grutinha das Borboletas, com desenvolvimentos inferiores
a 30m, não apresentaram nenhum elemento passível de valoração. No entanto, essas
cavernas encontram-se inseridas em um escarpamento rochoso de destaque, que se
prolonga além dos limites da concessão. Nesse escarpamento, de direção NE e que
inflete para NW, ocorrem mais sete feições espeleológicas e um sítio arqueológico com
pinturas rupestres (sítio do Campinho). O conjunto cárstico envolvendo paredão
florestado de valor paisagístico, grutas e sítio arqueológico é de considerável valor
natural e cultural.
O
quarto grupo
é formado por três cavernas identificadas dentro da mina da Holdercim,
as quais já se encontram parcialmente destruídas ou fortemente impactadas pela
atividade mineral, ou seja, encontram-se desfiguradas e sem contexto digno de
valoração. São elas a caverna do Britador, o abismo do Esgotamento Pluvial e a caverna
do Teto Fino.
A caverna do Britador (UTM. 7835273 - 603073) está localizada, como sugere sua
denominação, próximo ao britador, na praça da mina. Sua morfologia é meandrante,
com seções elípticas e um desenvolvimento aproximado de 30m, na direção leste,
sofrendo inflexão para sul, logo no início. O conduto está parcialmente obstruído por
blocos recentemente desmoronados, assim como parcialmente assoreado. Diversas
colunas de rocha também estão rachadas, possivelmente em conseqüência das
detonações da mina.
O abismo do Esgotamento Pluvial (UTM. 7835584-603100) é um poço vertical localizado
na segunda bancada (banco 770) da mineração. Possui pelo menos 8 metros de
profundidade, sendo necessária corda para sua exploração. Esse conduto vertical foi
explorado até 16 metros, onde não foi mais possível prosseguir, pois apesar da fenda
ser extensa (pelo menos 20 metros de comprimento), sua largura reduz-se
gradualmente. A direção geral dessa fenda é N/S. As paredes estão com várias
rachaduras e a presença de dois desmoronamentos recentes indicam instabilidade.
Ocorrem alguns espeleotemas, principalmente escorrimentos. Destacam-se sedimentos
recentes, inconsolidados, oriundos provavelmente das atividades da mina, tendo em
vista que essa caverna estava sendo utilizada para esgotamento das águas pluviais de
parte da mina.
A caverna do Teto Fino (UTM. 7835701-603340) encontra-se inserida no piso da terceira
bancada da cava (banco 780), revelando uma caverna desmoronada e instável,
provavelmente exumada pela explotação mineral. Essa cavidade possui forma circular,
com 3 m de diâmetro e direção NE/SW. Observam-se, no seu interior, diversos
espeleotemas destruídos pelas detonações para desmonte das bancadas.
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